segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CATADORES

O catador de lixo é tachado pela sociedade como aquele homem sujo, fedido, sem cultura e de quem se quer distância.

Temos dois tipos de catadores que a sociedade faz questão de ignorar:
- Os que recolhem os rejeitos diretamente das ruas ou dos usuários;
- E os que recolhem os rejeitos diretamente dos chamados lixões, em todos os casos visando a comercialização desses rejeitos.
“Nos países ricos, onde a reciclagem de resíduos já é um fato embutido na consciência dos cidadãos e apoiado por infra-estrutura para recolhimento e destinação ou destruição, os catadores, lá remanescentes, são catadores com hábitos e inspirações diferentes. É comum haver locais específicos para armazenar provisoriamente o “lixo rico”: sofás, geladeiras e outras utilidades domésticas que podem ser utilizadas com pequenos reparos. Tais catadores não sobrevivem do lixo, mas, apenas, utilizam-se desse lixo rico” para mobiliar suas casas ou trocar um utensílio”.

“Nos países pobres, o lixo rico não existe, e quando aparece, o próprio encarregado da coleta urbana fica com ele”.

Qual a diferença de Resíduo e Rejeito?
- Resíduo é aquilo que sobrou de uma fabricação ou de um uso e que não mais interessa à fabricação ou ao uso. O resto (alimentos).
Já, o rejeito, podemos dizer que é o resíduo que foi para o lixo, isto é, sua destinação final foi decidida: lixo.

O resíduo não será rejeito se for dado a ele uma destinação outra que não o lixo. No geral, chama-se essa destinação de reciclagem ou de reutilização.

Voltemos, agora, aos catadores dos países pobres; sua ação é exatamente essa: evitar que resíduos virem rejeitos e com isso, tendo em vista o valor agregado, obterem um ganho em dinheiro.

Pensando em termos ambientais e mesmo em termos de economia para a nação, não é necessário nenhum esforço para afirmar que os catadores são, para a sociedade, seres de grande valor sócio-econômico.

Esses são os prós, e quais seriam os contras?

É evidente que os catadores dividem o lixo com toda a sorte de agentes nocivos à saúde, quer os vetores invisíveis, constituídos por bactérias, quer com animais que por lá coabitam, como ratos, moscas, baratas, cães etc. Dessa forma, os catadores, quando voltam ao convívio na sociedade, poderão trazer consigo doenças, da mesma forma que os animais citados.

Ora, levando em conta que a segregação domiciliar de resíduos ainda não é um hábito entre nós e a utilizada pelos catadores, aliada ao perigo citado, o bom senso indica que eles devam ser integralmente assistidos e não considerados seres desprezíveis ou inexistentes.

Todos nós podemos facilitar o trabalho do próximo e contribuir com a reciclagem na cidade, separando os resíduos dos materiais que são recicláveis.

1 comentários:

leilayne disse...

eu achei otimo esse negocio de cidade e o lixo

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